quarta-feira, 31 de agosto de 2011

TURMAS DE 9º ANO

A crônica é considerada um gênero híbrido, isto é, um gênero que mistura um tanto de jornalismo e um tanto de ficção, literatura. O Nome "crônica" vem do termo grego chronos, que significa tempo. Ou seja, está na raiz da crônica sua relação com o tempo. Em razão do suporte em que surgiu - o jornal -, a crônica tem como uma de suas marcas a não perenidade, a sua vida breve, pois, no dia seguinte, um novo jornal, com novas notícias, será publicado e, junto com ele, uma nova crônica. Com o passar do tempo, as crônicas conquistaram lugar de destaque no Brasil, especialmente pela qualidade de cronistas como Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz, Luís Fernando Veríssimo, Mário Prata e de outros tão talentosos quanto estes. Assim, contrariando essa premissa inicial da não perenidade, têm sido comuns as publicações em livro de coletâneas de crônicas originalmente publicadas em jornais ou revistas.

    LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA EM SEU CADERNO (FOLHA SOLTA) O QUE SE PEDE OU ENVIE POR E-MAIL AS RESPOSTAS.

"A minha glória literária"
"Quando a alma vibra, atormentada..."

Tremi de emoção ao ver essas palavras impressas. E lá estava o meu nome, que pela primeira vez eu via em letra de forma. O jornal era O Itapemirim, órgão oficial do "Grêmio Domingos Martins", dos alunos do Colégio Pedro Palácios, de Cachoeiro do Itapemirim, Estado do Espírito Santo. O professor de Português passara uma composição: "A lágrima". Não tive dúvidas: peguei a pena e me pus a dizer coisas sublimes. Ganhei 10, e ainda por cima a composição foi publicada no jornalzinho do colégio. Não era para menos:

"Quando a alma vibra, atormentada, às pulsações de um coração amargurado pelo peso da desgraça, este, numa explosão irremediável, num desabafo sincero de infortúnios, angústias e mágoas indefiníveis, externa-se, oprimido, por uma gota de água ardente como o desejo e consoladora como a esperança; e esta pérola de amargura arrebatada pela dor ao oceano tumultuoso da alma dilacerada é a própria essência do sofrimento: é a lágrima".

É claro que eu não parava aí. Depois outras belezas, eu chamo a lágrima de "traidora inconsciente dos segredos da alma", descubro que ela "amolece os corações mais duros" e também (o que é mais estranho) "endurece os corações mais moles". E acabo com certo exagero dizendo que ela foi "sempre, através da História, a realizadora dos maiores empreendimentos, a salvadora miraculosa de cidades e nações, talismã encantado de vingança e crime, de brandura e perdão."

Sim, eu era um pouco exagerado; hoje não me arriscaria a afirmar tantas coisas. Mas o importante é que minha composição abafara e tanto que não faltou um colega despeitado que pusesse em dúvida a sua autoria: eu devia ter copiado aquilo de algum almanaque. A suspeita tinha seus motivos: tímido e mal falante, meio emburrado na conversa, eu não parecia capaz de tamanha eloquência. O fato é que a suspeita não me feriu, antes me orgulhou; e a recebi com desdém, sem querer desmentir a acusação. Veria, eu sabia escrever coisas loucas: dispunha secretamente de um imenso estoque de "corações amargurados", "pérolas de amargura" e "talismãs encantados" para embasbacar os incréus; veriam... Uma semana depois o professor mandou que nós todos escrevêssemos sobre a Bandeira Nacional. Foi então que - dá-lhe, Braga! - meti uma bossa que deixou todos maravilhados. Minha composição tinha poucas linhas, mas era nada menos que uma paráfrase do Padre-nosso, que começava assim: "Bandeira nossa, que estais no céu... ".

Não me lembro do resto, mas era divino. Ganhei novamente 10, o professor fez questão de ler, ele mesmo, a minha obrinha para a classe estupefata. Essa composição não foi publicada porque O Itapemirim deixara de sair, mas duas meninas - glória suave - tiraram cópias porque acharam uma beleza. Foi logo depois das férias de junho que o professor passou nova composição: “amanhecer na fazenda”. Ora, eu tinha passado uns quinze dias na Boa Esperança, fazenda de meu tio Cristóvão, e estava muito bem informado sobre os amanheceres da mesma. Peguei da pena e fui contando com a maior facilidade. Passarinhos, galinhas, patos, uma negra jogando milho para as galinhas e os patos, um menino tirando leite da vaca, vaca mugindo... e no fim achei que ficava bonito, para fazer pendant com essa vaca mugindo (assim como "consoladora como a esperança" combinara com "ardente como o desejo"), um "burro zurrando". Depois fiz parágrafo, e repeti o mesmo zurro com um advérbio de modo, para fecho de ouro:

"Um burro zurrando escandalosamente".

Foi minha desgraça. O professor disse que daquela vez o senhor Braga o havia decepcionado, não tinha levado a sério seu dever e não merecia uma nota maior que 5; e para mostrar como era ruim minha composição leu aquele final; "Um burro zurrando escandalosamente".

Foi uma gargalhada geral dos alunos, uma gargalhada que era uma grande vaia cruel. Sorri amarelo. Minha glória literária fora por água abaixo.                          In: Para gostar de ler. v. 3. São Paulo: Ática, 1998. p. 70-73.

             AGORA RESPONDA:  (atenção ao prazo!! 30/9/2011)

1. Qual é o tema da crônica: " A minha glória literária"?

2. A crônica foi escrita em primeira ou terceira pessoa?

3. A primeira redação de Rubem Braga fez muito sucesso com o professor e foi até publicada no jornal da escola. Por que razão?


4. A redação do cronista nos tempos de colégio é bastante rebuscada, cheia de exageros e preciosismos. Em relação à lágrima, qual o nome da figura de linguagem que é usada em "talismã encantado" e "pérola de amargura” ?

5. Por que um colega do cronista duvidou que ele fosse o autor da redação?

6. Qual foi o tema da redação seguinte à que fora publicada?

7. Se da primeira vez a glória do cronista foi ser publicado no jornal do grêmio, qual foi sua glória agora?

8. Qual o tema da terceira redação?

9. Por que o professor leu apenas o final dessa redação?

10. Qual é o advérbio de modo usado no "fecho de ouro" da terceira redação?


  TURMAS DE 1º ANO:      

LEIA OS QUADRINHOS ABAIXO E RESPONDA O QUE SE PEDE EM SEU CADERNO(FOLHA SOLTA) OU ENVIE POR E-MAIL:  (atenção ao prazo!! 30/9/2011)


Tiras de WATTERSON
1. CALVIN DISSE À SUA MÃE Q EU ELE HAVIA ESCOVADO OS DENTES E LAVADO O ROSTO ANTES DE DORMIR. ELE DISSE A VERDADE? O QUE FAZ VOCÊ PENSAR DESSA FORMA?

2.NO TERCEIRO QUADRINHO, O TIGRE HAROLDO APARECE DE UMA FORMA DIFERENTE, COMO UM BONECO DE PELÚCIA. POR QUE VOCÊ ACHA QUE O AUTOR O REPRESENTOU DESSA MANEIRA?

3. O QUE SIGNIFICA O CORAÇÃOZINHO NO QUARTO QUADRINHO DA HISTORINHA?

4. DE QUE CALVIN XINGA HAROLDO?






   LITERATURA  (Leitura complementar para o 1ºano)                                           


CARACTERÍSTICAS DO CLASSICISMO EM PORTUGAL:
  • Volta à Antiguidade clássica: o Classicismo buscava inspiração na cultura greco-romana
  • Uso da mitologia pagã: o Classicismo utilizava figuras e deuses da mitologia greco-romana como tema (assunto).
  • A perfeição formal: o Classicismo produzia poemas na forma de sonetos, que possuíam formas rígidas e perfeitas.Este período literário também produzia epopeias, ou seja, histórias de grandes aventuras que se inspiravam nas obras Ilíada e Odisseia de Homero. Homero foi um poeta grego que contou aventuras, guerras e heroísmos de seu povo.
  • Beleza estética: o Classicismo valorizava a beleza da forma.
  • Antropocentrismo: a figura do homem era valorizada em todo tipo de arte. O homem deveria ser o centro de tudo.
  • Racionalismo: o Classicismo via o mundo de forma racional. O pensamento lógico e materialista guiava o homem dessa época, baseando-se nas ideias dos filósofos gregos Aristóteles e Platão, que pregavam o modo racional de pensar.
  • Universalismo: o Classicismo utilizava temas (assuntos) que falavam dos sentimentos humanos universais presentes na vida do homem em qualquer época.
AUTOR PRINCIPAL:
LUÍS VAZ DE CAMÕES (1524-1580)
  • Nasceu provavelmente em 1524, em Lisboa ou Coimbra (Portugal).
  • Publicou Os Lusíadas em 1572 e dedicou a obra a D. Sebastião, que era um jovem rei que mostrava muito esforço paraaumentar o prestígio de Portugal. Por isso, o rei lhe concedeu uma pequena pensão.

LITERATURA DE INFORMAÇÃO OU INFORMATIVA

Chamamos Literatura de Informação os textos produzidos pelos viajantes e colonos para informar o rei e todos os que moravam em Portugal sobre o que acontecia no Brasil. Havia preocupação em descrever a flora (plantas), a fauna (animais), e os nativos (índios) da nova terra. Algumas cartas trocadas entre padres jesuítas e seus superiores em Portugal também são consideradas Literatura Informativa. Por serem textos muito descritivos, não têm grande valor literário, mas, como já dissemos, são importantes documentos sobre o Brasil do século XVI. Os textos mostravam uma grande admiração dos escritores com a beleza do mundo tropical e tudo o que essa terra podia lhes proporcionar.
O primeiro texto que apresentou essas características foi a Carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal, em 1500. Nela, Caminha descreveu tudo o que viu e deixou claro quais eram os interesses materiais que traziam os portugueses aqui e também as ideias religiosas que tinham.

LITERATURA JESUITICA OU DE CATEQUESE

Chamamos de Literatura Jesuítica os textos escritos pelos padres da Companhia de Jesus: os jesuítas. Esses textos tinham claramente o objetivo de catequizar os índios, isto é, ensinar-lhes a religião Católica. Foram produzidos poemas e textos teatrais.
Os poemas geralmente eram textos que mostravam a devoção aos santos da Igreja Católica.
O teatro tinha geralmente o objetivo de ensinar alguma coisa sobre a religião, e baseava-se em trechos da Bíblia.

O padre que mais produziu e se empenhou na catequese dos índios foi José de Anchieta (1534-1597). Ele queria muito fazer com que os índios acreditassem no que a Igreja dizia. Em tudo que escreveu deixou claro que era um padre jesuíta e que sua fé era baseada nos princípios da Contrarreforma. Anchieta escreveu poemas para celebrações religiosas, teatro infantil e de catequese. Escreveu também um dicionário e uma gramática da língua Tupi, que aprendera com os índios. Além dos textos do padre José de Anchieta e da carta de Pero Vaz de Caminha, podemos citar mais algumas obras e seus escritores:
1530 - Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa;
1557 - Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden;
1576 - Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos de Brasil, de Pero
de Magalhães Gandavo;
1583 - Narrativa Epistolar e Tratado das terras e das gentes do Brasil, de Fernão Gardin;
História da conversão dos Gentios, de padre Manuel da Nóbrega.


O BARROCO

Barroco é o nome dado à produção artística do século XVII. A arte barroca foi influenciada pela mentalidade resultante da Contrarreforma. A Contrarreforma foi um movimento europeu do final do século XVI, no qual a Igreja Católica propôs a volta do pensamento e dos valores teocêntricos, em oposição aos princípios da Reforma Protestante apoiada pelos burgueses. As ideias medievais defendidas pela Igreja Católica foram definidas durante o Concilio de Trento pelos bispos católicos numa reunião realizada na cidade de Trento, na Itália. Com base nessas ideias, foi criada a "Companhia de Jesus", que é a ordem religiosa a que pertencem os padres jesuítas. Ainda com base nos valores da Contrarreforma, a Igreja Católica conseguiu intensificar a Inquisição, que foi uma forma severa encontrada para julgar e condenar as pessoas que não respeitavam as suas ideias. Em resumo: o homem do final do século XVI estava acostumado a viver intensamente e prazerosamente a vida material. Nessa época as ideias defendidas pela Contrarreforma impuseram grandes limites aos prazeres da vida material, obrigando o homem a se tornar mais religioso, assim como era na Idade Média.

Existem duas formas básicas de Literatura no Barroco:
o conceptismo;
o cultismo.

O conceptismo é uma forma de escrever que produz um jogo de ideias (conceitos). É um tipo de texto que valoriza as ideias. Normalmente a intenção do autor é convencer o leitor. Esse estilo também ficou conhecido como Quevedismo, por causa do escritor espanhol Quevedo.

Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.(...) A razão natural de toda essa diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar, e ter amado muito, de amar a menos.”
(Padre Antônio Vieira)

O cultismo é uma forma de escrever que produz um jogo de palavras. É um tipo de texto em que o autor preocupa-se ao mesmo tempo com a ordem e a beleza das palavras e com a forma do texto. Muitas vezes, a linguagem é complicada e exagerada. Esse estilo também pode ser chamado de Gongorismo, por causa do poeta espanhol Luís de Gôngora.
O todo sem a parte não é todo:
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo.” (Gregório de Matos)


O BARROCO NO BRASIL
O Barroco no Brasil foi uma extensão do que acontecia em Portugal. O mesmo sentimento que atingia o homem europeu, lá, atingia também aqueles que aqui estavam. Não se pode por isso afirmar que o Barroco é Literatura Brasileira propriamente dita.
Entre os escritores que se destacaram no Brasil estão Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos.


ARCADISMO

O Arcadismo foi muito influenciado pelas ideias libertárias do Iluminismo e pela Inconfidência Mineira. Os principais acontecimentos deste momento histórico foram:

No século XVIII Portugal descobriu ouro, prata e pedras preciosas, na região de Minas Gerais. A capital do Brasil colonial mudou de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro. Esses acontecimentos fizeram o sul do Brasil tornar-se o novo centro cultural e político (Minas Gerais e Rio de Janeiro). Dessa forma, muitos intelectuais foram atraídos para essa região.
Houve grande divulgação das ideias do Iluminismo. O Iluminismo foi um movimento cultural iniciado na Europa, que pregava o ideal político e social de liberdade, igualdade e fraternidade. Essas ideias Influenciaram a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa.
Durante esse período. Portugal passou a cobrar impostos muito altos e a criar leis muito severas sobre a exploração do ouro nas Minas Gerais.
Essa situação de exploração abusiva criou um descontentamento geral na população. Por isso, um grupo de padres, poetas, médicos, advogados e militares, influenciados pelas ideias iluministas, passaram a se reunir para discutir uma conspiração contra Portugal e seus impostos. Essa conspiração ficou conhecida como Inconfidência Mineira e foi o mais famoso movimento de libertação do Brasil colonial.
Todos esses acontecimentos influenciaram pessoas que desejavam um futuro de liberdade para o país, entre elas, os poetas de uma corrente literária chamada Arcadismo.


ARCADISMO EM PORTUGAL
O Arcadismo em Portugal iniciou-se em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana, por Antônio Dinis da Cruz e Sá. A Arcádia Lusitana reunia os poetas da época, divulgando suas obras. Os poetas usavam pseudônimos latinos e se transformavam em pastores apaixonados, aproveitando a vida calma do campo entre ovelhas e belas pastoras. Esse comportamento ficou conhecido como fingimento poético. Na verdade esse comportamento caracterizava a fuga da realidade, uma vez que, nesse momento, a Europa vivia o início da Revolução Industrial e do crescimento urbano, acelerado pela ascensão da burguesia. O Arcadismo português vai até 1825 quando se inicia o Romantismo em Portugal.

PRINCIPAL AUTOR:
Manoel Maria Barbosa du BOCAGE



ARCADISMO NO BRASIL

O Arcadismo brasileiro iniciou-se em 1768 com a publicação de Obras Poéticas de Cláudio Manoel da Costa.
Esse movimento literário confunde-se com a própria história do Brasil, pois os poetas do grupo mineiro foram envolvidos pela agitação popular da Inconfidência Mineira. O estilo literário árcade ou neoclássico caracteriza-se pela volta à simplicidade, e aos temas sobre a natureza. O uso da razão produz textos claros e equilibrados. Inspirando-se no Classicismo e na cultura greco-romana, os árcades utilizavam formas fixas e obedeciam fielmente suas regras. As principais características do Arcadismo ou Neoclassicismo são:
Cortar o que fosse inútil: o exagero e o abuso das figuras de linguagem são condenados; há uma certa preferência pela ordem direta e aparece o verso branco (verso sem rima), aproximando a poesia da prosa.
Fugir da cidade: a obra árcade mostra a saudade da vida calma que se vivia no campo, por causa do rápido crescimento das cidades naquela época.
Buscar um lugar ameno, tranquilo: as obras árcades são como pinturas; retratam a realidade da forma mais fiel possível, sem a preocupação de criar (inovar) nada. Por esta razão, aparecem nesses poemas muitas descrições, mostrando cenas do campo, junto à natureza, sempre pintada de maneira calma e serena.
Aproveitar o dia: o poeta sabe que a vida passa muito rapidamente e, por isso, é preciso aproveitar todos os bons momentos da vida.

O Arcadismo apresenta também figuras mitológicas como deuses, ninfas e seres fantásticos, que representam a natureza (o sol, a noite, etc.). O assunto dos poemas está sempre ligado à natureza que é representada de forma tranquila e transmitindo paz. A natureza serve de cenário para o amor. O amor é sempre puro e calmo, mergulhado na beleza e tranquilidade do campo. Esta característica é chamada de bucolismo. Por isso os poetas usavam nomes de pastores. Esses pastores usavam pseudônimos (nomes falsos) em latim. O ideal árcade era a fuga da vida agitada da cidade, para encontrar um lugar agradável no campo e aproveitar a vida ao máximo. Nessa época, o escritor e filósofo europeu Jean Jacques Rousseau falava de um homem natural, que vive junto à natureza em harmonia com ela. Os poetas brasileiros deste período passaram a valorizar o índio como o bom selvagem, ou seja, como o homem natural de Rousseau. Essa característica está presente em obras como o Uraguai (que coloca o índio como herói contra a dominação dos jesuítas) e Caramuru (que mostra o índio como um ser bom, podendo até ajudar aos portugueses que aqui estavam vivendo).

AUTORES:
Claudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e José de Santa Rita Durão.